SOCIEDADES
E SIMBIOSES DE SOBREVIVÊNCIA
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Na
natureza existe uma cooperação entre duas espécies de aves. É a que
ocorre entre o urubu-rei e os abutres comuns. - O urubu-rei não
tem o olfato apurado para localizar a carcaça de um animal morto,
tarefa que fica a cargo dos abutres, que usam essa habilidade mesmo em vôos
a altas altitudes.
Ao localizar a fonte de alimento, eles atraem o urubu-rei. Essa
atração é importante, pois seus bicos não têm a capacidade de
perfurar a carcaça do animal. Essa tarefa é então feita pelo
urubu-rei, com seu bico afiado e perfurante. Desse modo, ao cooperarem
entre si, ambas as espécies se aproveitam do alimento.
Esse tipo de atitude também ocorre entre os seres humanos. Sem
proteção, o narcotráfico, o desvio de verbas e outros tipos de corrupção
e atos ilegais não conseguem prosperar. Para serem bem sucedidos, por
exemplo em um desvio de verbas, os abutres muitas vezes procuram um
urubu-rei para ajudá-los a desviarem os recursos sem serem
importunados.
Eles têm a habilidade de encontrar os recursos passíveis de
desvios, mas não têm a proteção para fazê-lo impunemente.
Associam-se então a uma pessoa influente (o urubu-rei) capaz de
diminuir os riscos e que em troca, tira a sua parte. Milhões acabam
sendo desviados por essa cooperação entre as duas espécies, com um
alto índice de impunidade.
Na natureza a ação das duas espécies de aves é positiva, pois
limpa o ambiente de uma fonte de contaminação. Já no caso dos abutres
e urubu rei humanos, a ação é totalmente negativa, pois desvia para
os seus bolsos, os recursos financeiros destinados a trazer o bem-estar
da sociedade, via saneamento básico, educação, segurança, saúde,
contra a fome, etc.
Para acabar com a impunidade, pegar apenas os abutres ou parte
deles não resolve o problema. É preciso descobrir e punir o urubu-rei;
com isso, os outros não se arriscarão a comer a carcaça, pois seus
bicos não são tão afiados assim.
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NINGUÉM
CHEGA TÃO ALTO NO PODER DO TRÁFICO, SEM A CONIVÊNCIA DAS AUTORIDADES!
FERNANDINHO
BEIRAMAR
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