Estudo calcula volume de dados existente no mundo
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As
pessoas de todo o mundo criaram novas informações em volume suficiente
para encher 500 mil bibliotecas como a do Congresso norte-americano, de
acordo com um estudo realizado por professores e alunos da Universidade
da Califórnia. Os cinco bilhões de gigabytes de novos dados equivalem
a cerca de 800 megabytes por pessoa o equivalente a uma pilha de livros
de nove metros de altura conclui o estudo da universidade. Isso
representa um ganho de 30% no volume de informação armazenada no mundo
em relação a 1999, a última vez que um estudo de alcance global foi
realizado.
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A área de informação com o maior aumento percentual em volume de
dados armazenados foi a de discos rígidos de computador, o que não
surpreende. O estudo concluiu que o volume de informação armazenado
nesse tipo de arquivo aumentou em 114% ante o estudo anterior.
O
estudo, financiado pela Intel, Microsoft, Hewlett-Packard e EMC,
empresas de tecnologia cujos negócios giram em torno da
administração de informações, também pôs fim a qualquer
resquício do mito do escritório sem papel. O volume de informação
armazenado em papel, incluindo livros, publicações técnicas e
documentos de escritório, aumentou em até 43% em 2002, ante os números
de 1999. "Em nosso estudo anterior, acreditávamos que o
filme e o papel (assumiriam) o formato (de arquivos)
digitais", disse Peter Lyman, professor da Universidade da
Califórnia.
Com
o papel, não foi isso que aconteceu, já que as pessoas mantêm
documentos arquivados em seus computadores, mas os imprimem mesmo assim,
disse o professor. Os arquivos fotográficos estão, por assim dizer, se
comportando de acordo com as expectativas. "Os fotógrafos estão
realmente aderindo com rapidez às câmeras digitais e a celulares que
geram imagens", disse Lyman. Isso contribuiu para um declínio de
até nove por cento na realização de fotografia com filmes em 2002, o
que alimentou o crescimento da armazenagem de fotos por meio magnético.
Além de estudar os dados armazenados, a universidade mediu o fluxo
eletrônico de informações novas, estimando-o em 18 bilhões de
gigabytes em 2002, dos quais 17,3 bilhões de gigabytes transmitidos
pelo telefone. Mas é difícil saber se essa informação tem algum
valor. "Não consigo encontrar forma simples de compreender a
qualidade, porque muito disso depende do observador", disse Lyman.
Determinar como, ou se, toda essa informação acaba sendo útil de
alguma forma será o assunto de seu próximo estudo, acrescentou Lyman.
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