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SABONETE

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Em 1878, Harley Procter decidiu que a fábrica de vela e sabão fundada pelo seu pai deveria produzir um sabão novo, branco, cremoso e delicadamente perfumado para competir com os mais finos sabões corrosivos importados naquela época.
Como fornecedores de sabão para o Exército Federal durante a Guerra Civil, a empresa era apropriada para enfrentar tal desafio. O primo de Procter, o químico James Gamble, chegou à fórmula desejada. Chamado simplesmente de "Sabão Branco", produzia uma rica espuma, mesmo em contacto com a água fria, e tinha uma consistência homogénea e suave.
Certo dia, um trabalhador da fábrica que examinava os tanques de sabão parou para almoçar, esquecendo-se de desligar a máquina misturadora principal. Ao voltar, descobriu que tinha sido injectado demasiado ar na solução de sabão. Em vez de deitar a substância fora, ele despejou-a em formas de endurecimento e corte. Pedaços do primeiro sabão cheio de ar foram entregues às lojas da região. Os consumidores adoraram. A fábrica ficou abarrotada de cartas solicitando mais daquele extraordinário sabão que não ficava perdido dentro da água escurecida porque flutuava à superfície. Ao perceber que tinham beneficiado com o mero acidente, Harley Procter e James Gamble pediram que, a partir de então, fosse dada uma injecção extra de ar em todos os sabonetes. Os primeiros pedaços do Sabão Mármore, como foi baptizado o novo produto, apareceram em outubro de 1879, no mesmo mês em que Thomas Edison testou com sucesso a lâmpada eléctrica. Harley Procter previu que a luz eléctrica poderia acabar de vez com o seu lucrativo negócio de velas, e assim decidiu promover o sabonete. 

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