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" LENDA DOS ÍNDIOS MACUXIS "

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tambatajá

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Naquele noite soube que o dia seguinte não seria como os demais. Durante o entardecer havia notado uma indecifrável tristeza nos olhos de sua mulher, um gesto pouco comum na sorridente companheira, que ele atribuiu ao cansaço de ter trabalhado o dia inteiro junto com as outras mulheres colhendo frutos. 

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Notou também algo mais estranho: - Umas pequenas gotas de suor na frente. Pensou que eram pelo ar quente e úmido, que pesava demais nesse dia. Havia chovido por muitos dias seguidos. Mas alguma coisa estava acontecendo com a sua companheira.
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Foi de madrugada que acordou angustiado e reavivou o fogo da maloca, e escutou a respiração entrecortada da sua mulher, como se o ar trancasse na garganta produzindo um assobio para sair. Examinou sua mulher e verificou que o suor estava por todo o corpo. A mulher estava totalmente  molhada e o suor passava a esteira, colocada acima de uma camada de folhas.

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A revisou pensando que poderia haver veneno nela de alguma mordida, que as vezes no calor do trabalho não se sente, mas nada encontrou. Fez com que sua mulher bebesse o resto de uma mistura que o Paxé tinha preparado para mordeduras de aranha. Os olhos febris já não viam mais nada quando se abriam. Seus ouvidos já não escutavam, da boca feminina saiam somente pequenos sons de uma queixa quase inaudível.

Passara a noite controlando a febre com banhos de água que derramava sobre o corpo ardente. Aquela era a sua companheira. A que havia escolhido e os deuses lhe haviam cedido. A mãe de seus filhos. Sua amada. A única. Não permitiria que a desgraça a levasse. Apenas a alvorada despontou subiu o caminho para buscar o Paxé. Logo regressaram e assim que entraram na maloca, a febre havia desaparecido e com ela o espírito de sua mulher tinha ido junto.

 

Enlouquecido, desobedecendo os conselhos do Paxé e dos parentes, o homem se negou a enterrar a sua esposa dentro da aldeia, onde os deuses não a haviam protegido. Contam os tupis que a levantou nos ombros e se embrenhou na mata até perder-se, muito além de onde os homens chegavam. Dizem que sem sabe-lo foi chegar no lugar onde nascem as árvores. Foi aí que descansou junta a uma árvore o corpo de sua mulher. Enquanto ele armava com folhas e cipós uma cobertura, foi abrindo a terra com a faca e colocando a terra por cima da cobertura. Quando terminou, levantou sua mulher, abraçou-a e entro no leito com ela e soltou os sustentos da cobertura, vindo a ser enterrado junto a ela. 
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Tempos depois, os parentes da aldeia encontraram a faca do índio que havia utilizado ao lado de uma clareira, e ao não encontrarem sinais do casal, pensaram que algum animal os havia atacado. Marcaram o lugar com pedras que indicavam aos deuses que ali haviam dois espíritos errantes que mereciam ser guarnecidos. Qual não foi a surpresa dos índios da aldeia, quando alguns anos depois, ao voltar a passar pelo mesmo lugar, os tupis encontraram uma plantas jamais vistas. Tratava-se de um frondoso exemplar, de vigorosos ramos e crescendo unida, uma folha maior com uma menor.
Neste lugar, então, nasceu o Tambatajá, que é uma planta larga e sedosa, de um verde brilhante e possui ligada a ela, quase na ponta, uma outra folha pequenina, (“gitita”, como diriam os caboclos), lembrando o órgão genital feminino. A junção dessas folhas representa o índio e sua amada, justificando, assim, a lenda. A população amazônica ribeirinha, acredita que o Tambatajá age como um amuleto do amor e, em muitas casas, ele é usado como adorno e colocado atrás da porta pra que no amor se tenha sorte.

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TAMBATAJÁ: - Eerva arácea; tembataiá, tambataiá e tembatajá (Syngonium auritum). - Planta que tem como peculiaridade o aparecimento da muda sob a folha, dando origem até a uma lenda amazônica. xanthosoma appendiculatum - (tambataiá). - Dentre as lendas amazônicas, tão belas e exóticas como a própria floresta, há a do Tambatajá, que significa (em tupi-guarani): folha grande.
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Macuxis – É a maior tribo de Roraima. Esses índios falam uma mesma língua; vivem nas áreas de lavrado e na região das serras; têm o hábito de se comunicarem entre si pelo termo: parente; são excelentes vaqueiros e em muitas malocas criam gado de forma comunitária, para suprir às necessidades de carne, uma vez que,principalmente no lavrado, não há mais caça e a pesca também está muito difícil. Sendo habitado por uma população miscigenada, Roraima é um Estado possuidor de um artesanato riquíssimo, com fortes características indígenas. 
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Os índios confeccionam peças artesanais com grande perfeição, criatividade e uma riqueza de detalhes surpreendente, tornando-as verdadeiras obras de arte. A cerâmica fabricada pelos índios Macuxis; os cintos de sementes de imbaúba, do povo Wai-wai; as peneiras de arumã, da tribo yanomami; os trabalhos em madeira, palha e fibra e as esculturas em pedra sabão, são alguns exemplos de peças que marcam a predominância da arte indígena no Estado. 
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Também são comumente usadas no artesanato indígena: o cipó, a jacitara, escada de jabuti ( tipo de cipó ), o bambu, a fibra de buriti, a fibra de abacate e açaí , o mulugu e o junco. Em seguida podemos conhecer um pouco mais sobre os materiais mais utilizados na confecção dessas obras.
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Colares e Pulseiras de Sementes - Para confecciona-los são utilizados fios de algodão cru, sementes de Imbaúba-braba tingidas com urucum, mangarataia, salva do campo, crajirú ou jenipapo e adornadas com penas de pássaros (arara, mutum, galinha-d`água, garça, gavião, etc).
Prendedores de cabelo - Utiliza-se pau-rainha polido com folha de caimbé, fios de algodão cru, sementes de Imbaúba-braba tingida com urucum, mangarataia, salva do campo, crajirú ou jenipapo e adornado com penas de pássaros (arara, mutum, galinha-d`água, garça, gavião, etc).
Tiaras - Utiliza-se cipó titica, fios de algodão cru e penas de pássaros (arara, mutum, galinha-dágua, garça, gavião, etc).
Colar de fibra - Feitas com fibra verde da palha do buritizeiro e as tingem com crajirú, urucum, jenipapo, salva do campo ou mangarataia.
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