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 Vamos
comer aquela melancia?
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sala dos artigos de
reflexões
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Quando era garoto, as
primeiras melancias da safra eram uma preciosidade. Um amigo de meu pai,
era atacadista de frutas e verduras e tinha um depósito na cidade. Todos
os verões, quando chegavam as primeiras melancias, ele nos chamava.
Papai e eu íamos ao depósito dele e tomávamos posições. Sentávamo-nos na
beira do açude que tinha do lado do depósito, com os pés dentro, e nos
inclinávamos, minimizando o volume do suco que estávamos a ponto de
derramar-nos em cima. O Tio Jorge trazia seu facão, abria a primeira
melancia, dava-nos um pedaço para cada um e se sentava junto a nós
(artigo:
As quatro formas de se
comer a vida...).
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Então enterrávamos a cara na melancia, comíamos só o coração, a parte
mais vermelha, suculenta, firme, livre de sementes e perfeita e
deixávamos o resto. Jorge era o que meu pai considerava um homem rico.
Sempre pensei que se devia a que era um homem de negócios de muito
sucesso. Anos depois, me dei conta de que aquilo que meu pai admirava na
riqueza de Jorge era menos a substância do que sua aplicação. Ele sabia
quando deixar de trabalhar, reunir-se com amigos e comer só o coração da
melancia
(artigo:
nem tudo nesta vida é
movido por dinheiro).
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O que aprendi dele é que ser rico é um estado de ânimo. Alguns de nós, à
margem de quanto dinheiro tenhamos, nunca seremos o bastante ricos e
livres como para comer só o coração da melancia. Outros são ricos sem
ter mais do que um cheque do salário pela frente. Se não se toma o tempo
para deixar que os pés descansem de molho na água e desfrutar dos
pequenos prazeres, seu trabalho provavelmente será uma torutura e não um
meio de alcançar o que deseja e quer...
(artigo:
Como ser feliz em Vendas).
Durante muitos anos,
esqueci-me dessa lição que aprendi de garoto no açude comendo
melancias. Estava demasiado ocupado fazendo todo o dinheiro que
podia...
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Prof. Harvey Mackay
Artigo traduzido e
publicado pelo Jornal SDR
artigo recomendado:
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Com mais
dinheiro se pode comprar mais felicidade?
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