Dependência e abuso de álcool e drogas
Tanto dependência como abuso de álcool e drogas são doenças médicas bem definidas. Durante muito tempo, várias pessoas acreditavam que o uso destas substâncias era um desvio moral, fraqueza do indivíduo, ou simples falta de força de vontade para parar o consumo. Muitos ainda têm este preconceito em relação às substâncias que causam dependência. Porém, no momento em que o indivíduo continua usando uma substância, apesar de reconhecer problemas que este consumo causa, ele pode ser considerado um dependente ou abusador de álcool ou drogas.

A partir deste momento, ele deve iniciar tratamento, pois é extremamente difícil para conseguir sozinho abster-se do uso e se recuperar das conseqüências já presentes em sua vida. A dependência e o abuso de drogas se desenvolvem durante o período de consumo.

Assim sendo, ninguém que toma o primeiro gole na vida ou que usa pela primeira vez qualquer substância tem a noção ou o objetivo de se tornar dependente. A maioria das pessoas que experimentam qualquer substância (álcool ou drogas) não vai se tornar dependente. Todos concordam que o sujeito que bebe muito, afastou-se da família, não tem emprego ou lugar para morar e acorda muitos dias na rua é dependente de álcool. Ele mesmo não queria ficar nesta situação quando tomou seu primeiro gole.

Ele havia começado na adolescência, junto com amigos que insistiam que "beber é legal, relaxa..." Depois disto ele trabalhou, casou, teve filhos, e, neste momento,

começou a perder coisas por causa da bebida que já se tornara um hábito. Da mesma forma, os usuários de drogas as experimentam para viver novas emoções, imaginando que têm toda segurança para não se tornarem dependentes daquilo que consomem. Porém, com a continuidade do consumo, os usuários de drogas deixam de cumprir suas funções cotidianas, são reprovados na escola, acham que faltar um dia no trabalho não vai fazer diferença, seus amigos "caretas" se afastam por estarem diferentes, dirigem veículos sobre a influência das substâncias, dispensam as atividades que davam prazer antes do consumo, e, sem perceber, estão dependentes das drogas. Neste momento, o usuário já é um dependente, apresentando inclusive conseqüências de seu consumo em áreas físicas (ex. dor de estômago, sangramento no nariz, etc.), ou sociais (afastamento de familiares ou cônjuge, perda de interesse em atividades que não incluam o consumo, acha que a vida não vale a pena sem o uso da substância, etc.).

Assim, o diagnóstico da dependência, não é realizado pela quantidade ou freqüência do consumo de álcool ou drogas, mas pela interferência destes na vida do sujeito, em suas atividades, em seu funcionamento físico, em seus relacionamentos, no controle perdido sobre o álcool ou drogas.

Ele aumentou a quantidade que consumia, ficando mais resistente ao consumo... na verdade as doses que ele utilizava antes passaram a não fazer mais efeito. Algumas das substâncias fazem com que o indivíduo se sinta mal quando decide parar de usar (tanto física como psiquicamente – essa é a síndrome da abstinência).O desenvolvimento da dependência ou do abuso, portanto, se estabelecem durante meses ou anos após do consumo inicial. Algumas substâncias, como a cocaína, são capazes de desenvolver a dependência em períodos curtos, como semanas ou meses. Outras, como a dependência do álcool, são resultados de meses ou anos de consumo.



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