Educação no topo das prioridades
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Porquê esta explosão na procura? Vivemos
numa economia onde o conhecimento, não mais as máquinas, é o principal recurso. Os trabalhadores do conhecimento formam a maior fatia da força de trabalho.
Até ao século XX a maioria dos profissionais eram trabalhadores manuais.
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Hoje, nos EUA, são apenas 20%. Dos restantes, quase metade, 40% do total da força de trabalho, são profissionais do conhecimento. As proporções são idênticas noutros países desenvolvidos.
Os trabalhadores sempre tiveram de aprender habilidades, mas o conhecimento é diferente. As habilidades mudam muito lentamente.
Os meus antepassados holandeses (drucker significa impressora em holandês) tiveram uma oficina de impressão de 1517 a 1730.
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Durante todos aqueles séculos, nenhum deles teve de aprender uma nova habilidade. Passava-se o mesmo noutras indústrias.
Durante a maior parte da história humana, um trabalhador habilidoso tinha aprendido tudo o que era necessário assim que terminasse a sua aprendizagem, com 18 ou 19 anos. Isto não acontece com o trabalhador do conhecimento moderno. Os médicos, os informáticos, os
advogados e os gestores de recursos humanos mal conseguem acompanhar os desenvolvimentos que ocorrem na sua área. Esta a razão pela qual tantas associações profissionais colocam a educação no topo das prioridades.
Acompanhar o conhecimento e ver o mundo como um todo significava menos nos dias do trabalho para toda a vida. Quando os jovens iam trabalhar para a General Motors, a Royal Dutch/Shell ou a Mitsubishi, esperavam ficar lá até à aposentadoria.
Isso assumia que a empresa se manteria viva durante toda uma carreira. Mas poucas empresas conhecem o sucesso durante mais de duas ou três décadas e a esperança de vida está a diminuir.
Em 1990, a Digital Equipment Corp. era a 2ª maior empresa de computadores, uma década depois não existia como organização
independente. No início dos anos 80 nada detinha a IBM na década de 90, a empresa acabou com mais de 100 mil postos de trabalho. À medida que as grandes empresas procedem ao spin-off das suas operações de fabrica a favor do outsourcing,
a rotatividade aumenta. Um jovem que integra a força de trabalho em 2000, com uma esperança de vida profissional de 50 anos, tem poucas probabilidades de ficar na mesma empresa durante 10 anos. Neste novo mundo, as pessoas devem assumir a responsabilidade pelo seu próprio futuro.
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PROF. PETER DRUCKER
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Peter Ferdinand Drucker, nascido em 1909, na Áustria, principal
pensador empresarial e da Administração. Escreveu praticamente sobre tudo que os executivos fazem, pensam e enfrentam. o professor que cunhou o termo management.
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O pai da gestão trabalhou como jornalista em Londres, antes de ir para os EUA, em 1937. Escreveu o primeiro livro, Concept of the Corporation, em 1946, baseado nos seus estudos sobre a GM. Mas The Pratice of Management (1954) inventou a
gestão como disciplina.
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Drucker dividiu o trabalho dos gestores em seis tarefas: definir objetivos, organizar, motivar, comunicar, controlar, formar e motivar pessoas. Além de cunhar idéias como as da privatização e da gestão por objetivos, lançou o profético
livro The Age of Discontinuity (1969), onde anunciou a chegada dos trabalhadores do conhecimento. Nos últimos anos, tem estudado o tema da gestão de organizações não lucrativas. .
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Peter F. Drucker
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biblioteca exclusiva do professor