Um
caso molhado
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Lá
por 1988, quando visitava clientes no interior do Rio Grande do Sul,
numa cidade que fica em final de trajeto, tinha de ser rápido pra não
pernoitar na cidade, o que causaria elevação nos custas de viagem.
Chegava cedo e à tardinha dirigia-me para outra cidade, com o dever
cumprido.
Um determinado cliente não estava na loja e não sabiam dizer quando
ele retornaria. Voltei ao meio dia e nada... Retornei à tarde e ele não
tinha chegado. O
que fazer?
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Perguntei à sua mãe, que cuidava da loja, onde ele estava e ela disse
que estava na lavoura de arroz, pois tinha havido ruptura de um canal de
irrigação. Perguntei. Onde era essa lavoura e dirigi-me até lá.
O velho Corcel II não teve problemas para entrar no terreno molhado,
mas parei por aí, pois engenho de arroz, na época do crescimento, fica
tomado de água. O que fazer? Não tive dúvida e, usando a imaginação
e a criatividade, arregacei as calças, tirei os sapatos e de pasta em
punho, adentrei com água pelas canelas.
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O cliente vendo-me naquele estado, começou a rir. No que começou a rir
deu-me a "deixa" que esperava. Fiz uma das melhores vendas da
minha vida (naquela época).
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Se o cliente não compra, o certo é ir vender para ele, mesmo que ele
esteja dentro d'água. Quantos vendedores (se
é que podemos chamá-los de vendedores)
desistem ao primeiro não ou na primeira visita? Descubra onde os seus
clientes estão e vá ao encontro deles.
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Não
espere que eles o chamem
.
Podem estar precisando daquilo que você vende e sem tempo para chamá-lo
.
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Oscar Schild, um vendedor
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