1999

Sistema de Representação Comercial para Representantes Comerciais

2017

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SDR - Software de representação Comercial, Vendas e Serviços

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Os canibais do tempo

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sala dos artigos da força de vendas

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Richard Stanken, representante comercial que viajou desde outro estado para acompanhar uma visita de clientes à fábrica, acaba de ser informado de que os compradores da Public Metals, clientes que podem emitir pedidos suficientes que permitiriam a empresa que representa, superar a crise que atravessa, acabam de chegar na recepção. O representante pede para que avisem o diretor comercial imediatamente, porque a qualidade e importância dos visitantes requer a presença de um alto diretor para recebe-los (Artigo: Até onde vai a responsabilidade de cada Vendedor?).
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Quando o diretor comercial se encontra com seu representante comercial, sua secretária lhe avisa que o diretor industrial requer sua presença urgente na fábrica, com insistência! Incômodo, o diretor comercial renuncia atender devidamente estes importantes clientes e ao seu representante, para satisfazer a chamada injustificada de seu Diretor Industrial. Ao final terminam perdendo a venda, o cliente e a confiança do profissional de representação, que após uma viagem cansativa, perde um negócio pelo qual lutou meses
(artigo: customer equity: Quanto vale seu cliente?).

Tempo é poder: vários de vocês já devem ter visto esta cena no filme: quem assassinou a venda. Esse impressionante filme de formação, realizado nos anos 60, evidencia os erros cometidos por toda uma empresa para perder uma venda, sem que ninguém de fato se sinta mais culpado que outro. Escolhi centrar-me na cena citada acima, porque poucas coisas mudaram desde a década de sessenta neste aspecto:

Qual dos responsáveis de uma empresa ou de um departamento, quando surge uma preocupação, não convoca imediatamente os representantes, vendedores, funcionários, etc., que poderiam esclarecer as dúvidas, ou se surge uma grande idéia não improvisa de imediato uma reunião para discuti-la?

Uma equipe externa não pode simplesmente parar, largar todo o planejado, deixar de lado os planos já traçados há meses, sem que ninguém se preocupe realmente se vai desorganizar a estratégia comercial que levou meses para planejar. Existe um reconhecimento implícito, e por tanto jamais replantado, de que o trabalho de um superior hierárquico é sempre mais importante que o de seus colaboradores e, por conseguinte, que seu tempo é mais precioso.
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Dispor livremente do tempo de seus colaboradores e equipes externas, é afirmar claramente sua própria importância e poder. Mesmo que não seja consciente, ainda que cada vez se encontrem boas justificativas para este canibalismo do tempo dos outros, não deixa de ser o sintoma de uma organização completamente voltada para cima e focada na centralização hierárquica. E já sabemos que não são necessariamente as mais eficazes
(artigo: CONHEÇA MELHOR A SUA EQUIPE comercial).
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No livro "General Motors: o amargo despertar" Mary Ann Keller explicava, em relação as vagas de estacionamento reservadas para os diretores, que não há forma de dizer para alguns funcionários que são mais importantes para a empresa sem dizer aos demais que o são menos. No Brasil um caso que chocou todos os liberais (imagina os administradores arcaicos), foi o livro de Ricardo Semler: "Virando a própria mesa", onde o autor explica inteligentemente que as vagas pra estacionar carros, não eram para as mais altas hierarquias, mas para os que chegavam mais cedo e não havia reserva hierárquica nenhuma. Me pergunto se existe uma forma de dizer-lhes que o nosso tempo é mais importante, sem dizer que o deles não é tanto.
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Poder e contra-poder: chefes não são os únicos que podem dispor do tempo dos outros. Em nome de uma política de permanente disponibilidade e de porta aberta, alguns empresários se vêem desbordados pelas interrupções de seus colaboradores a qualquer momento. Se um funcionário tem uma dúvida sobre como resolver um problema? Acode imediatamente ao seu chefe para que o resolva. E como este o faz, o ciclo se reproduz e alguns diretores se queixam que não deixam ele fazer nada. Outorgar ou não o seu tempo à empresa quando o pede é uma expressão de poder.

Fulano: poderia ficar uma hora a mais para ajudar a terminar este projeto hoje? Sinto muito Senhor, hoje peça para xyz, o senhor sabe que a empresa me deve dois dias de férias do ano passado. Hoje é impossível, sinto muito. Do mesmo modo que estar em situação de exigi-lo é também uma manifestação de poder. Sinto digo eu... Fulana! Mas terá que cancelar seu compromisso, (autoritarismo). Sinto, Fulano, você sabe quão importante é este projeto. Sei que seu sacrifício não passará despercebido lá em cima e não gostaria de ter que dizer que você se negou, (chantagem).

Poder horizontal: a relação entre tempo e poder também se torna patente a nível horizontal da empresa. A capacidade que se tem de conseguir algo de um colega ou outro departamento com prioridade ou preferência (entendemos de forma repetida, não excepcional), é uma manifestação de seu poder: o poder do qual o outro renuncia, de forma habitual, à suas prioridades para satisfazer as do demandante. Pode ser que tenha um maior indicador do verdadeiro poder de uma pessoa que o nível hierárquico oficial. De fato, há pessoas na empresa que se dedicam de forma mais ou menos sistemática a desorganizar o planning da força externa de vendas, em nome de um interesse maior ou de uma idéia salvadora, de um requisito que já sabe, vem de cima, ou qualquer outra boa razão. Mas em fim, consciente ou inconscientemente, com ou sem vontade explícita, dispor do tempo dos outros é um ato de poder (artigo: não permita que as equipes comerciais se desgastem).
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Como evitar desorganizar os demais: ainda que pareça uma evidência, a primeira resposta é organizando a si mesmo. É muito cômodo usar os outros para suprir nossas próprias carências de planejamento. Quando temos esta "idéia genial" ou esta "dúvida urgente", devemos aprender a renunciar a usar a via da comodidade. Anotemos e reflitamos: tentaremos achar uma resposta por nós mesmos. aplacamos a urgência, salvo talvez os bombeiros que não podem planejar os incêndios, sempre há uma maneira de planejar as respostas às urgências. De fato, quase nunca as interrupções da organização são urgentes, São comodidades: quando não são demonstrações de nosso poder sobre os demais.

Quando um Diretor improvisa uma reunião de oito chefes intermediários, está desorganizando o trabalho de oito pessoas, está mostrando que estas oito pessoas podem, ou devem desorganizar o trabalho de trinta ou quarenta funcionários repercutindo reuniões improvisadas em seu próprio departamento para aportar a resposta urgente.

Como evitar os canibais do tempo: se somos aquele chefe de porta aberta, deveríamos lembrar que se nós resolvemos os problemas dos outros os tornamos mais dependentes (outra vez a sensação de poder, não?) Se queremos lutar contra a centralização e a delegação para cima, devemos fazer com que nossos colaboradores sejam capazes de resolver seus próprios problemas; e resolvendo-os por eles não é precisamente a melhor maneira de consegui-lo. Imagina um momento que você é coach (treinador) de um tenista. Este tem um saque fraco, demasiado curto, lento. O que você faria? Pegaria a raquete e sacaria em seu lugar? Olhe treinador, vou atrás do marcador, poderia sacar por mim? No entanto é o que muitos chefes fazem nas empresas (artigo: Supervisão comercial exige comunicação).
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Onde está o poder?: é interessante perguntarmos onde está realmente o poder nas empresas. O poder estatutário, não nos resta dúvida. A autoridade natural, entendida como a capacidade de ter seguidores, já é mais discutível. Mas, e o poder que faz a organização funcionar? E o poder de satisfazer os clientes, de ganhar eficácia, de conseguir alcançar os objetivos, de manter um grupo coerente, onde se encontra?; Quem tem este poder?

Profª. Karin Silvina Hiebaum de Bauer
Consultora Internacional

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