1999

Sistema de Representação Comercial para Representantes Comerciais

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Os piores erros estratégicos da história empresarial

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sala dos artigos de estratégia

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Henry Ford resistiu até o final a descontinuar seu célebre modelo T, ainda que o mercado lhe tinha dado as costas. IBM inventou o negócio dos computadores pessoais, e o presenteou a outros. Coca-cola lançou um novo produto e, três meses depois, teve que dar marcha ré para apaziguar a seus clientes furiosos. Alguns casos célebres de fracassos empresariais: se revisamos a literatura do management, encontramo-nos com múltiplos casos de sucesso de empresas e empreendedores. Por suposto, o público quer saber como fizeram os que "a fizeram".

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Muito menos frequente é, no entanto, que se comentem fracassos empresariais. Em grande parte, porque a história a escrevem os ganhadores. Todos estamos dispostos a admitir que os erros são a melhor fonte de aprendizagem... desde que os cometam outros. Neste artigo, proponho-me revisar alguns casos célebres de erros estratégicos fatais, cometidos por altíssimos executivos das maiores corporações do mundo. Porque, afinal de contas, todos somos humanos, temos direito a equivocar-nos e não necessariamente deveríamos envergonhar-nos disso (Artigo: Quer impulsionar as vendas de X? Invista forte em Y).

Henry Ford e o modelo T (o carro perfeito): numa enquete de Gallup de 1999, Henry Ford foi eleito no posto 18º das pessoas mais admiradas do século XX. Do nada, construiu a descomunal Ford Motor Company, onde aplicou sua famosa linha de montagem. Poucos, como ele, têm a honra de que seu nome se converta num substantivo universalmente reconhecido: O fordismo. Para 1918, a metade dos automóveis nas ruas estadunidenses eram Ford T. 17 milhões de unidades deste mítico automóvel se venderam desde seu lançamento em 1908 até seu desaparecimento em 1928 (excelente história: O sonho é realidade para os realizadores).
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Mas nem todos são sucessos nesta história. Nos primeiros anos da década de 1920, o modelo tradicional de eficiência operacional e baixos preços começava a manifestar seu esgotamento. Cedo se mostrou evidente para todos
(menos para Henry Ford) que estavam ficando atrás os tempos de: O cliente pode ter um automóvel da cor que queira, desde que seja preto. Estava claro que os clientes queriam modelos de outras cores e melhor equipados. O público pedia desenho e conforto. Mas Ford via as coisas de maneira diferente. Conquanto seus executivos de vendas lhe comentavam dos novos pedidos dos clientes, Henry se resistia (Artigo: PRODUZINDO O QUE OS CLIENTES DESEJAM - CASO ECOSPORT).

Desde sua perspectiva, o modelo Ford T tinha tudo o que uma pessoa podia precisar... Para que quer, o público, um sistema de ignição elétrico? Em lugar de produzir um modelo e ir melhorando-o gradualmente de acordo às variações do mercado, Ford acreditava que tinha que desenhar o automóvel correto e vendê-lo indefinidamente. Desta forma, demorou uma eternidade em introduzir mudanças radicais no modelo.

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GM e Chrysler, com seus veículos de maior conforto e estética, cresciam vertiginosamente enquanto declinava a participação de mercado de Ford. Só em 1927, muito depois dos primeiros sintomas de problemas, Henry Ford aceitou que precisava uma mudança. Assim, descortinou o modelo T (que tinha estado no mercado, com muito poucas mudanças, por duas décadas) e lançou o modelo A, com maiores opções de desenho e customização. No caminho, tinha perdido a liderança absoluta do mercado automotriz dos EUA.

De como IBM construiu Intel e Microsoft (e se perdeu o negócio dos computadores pessoais): em 1981, IBM lançou o primeiro computador pessoal e se converteu em líder desta nova indústria. Mas, no apuro por lançar rápido o produto ao mercado, tomou duas decisões estratégicas fatais: Subcontratou o desenvolvimento do sistema operacional e a fabricação dos microprocessadores. Estas decisões eram, de fato, inéditas na história da Big Blue (IBM). A companhia sempre tinha-se caracterizado por seu altíssimo grau de verticalidade: Produzia ela mesma quase todos os componentes. Mas desta vez, confiou o software a uma pequena empresa chamada Microsoft. A produção de microchips ficou em mãos da Intel. Com esta decisão, IBM perdeu a capacidade de produzir ela mesma estes dois componentes críticos das PCs (Artigo: Uma guerra de preços termina com muitas cruzes!).

Claro que tanto Microsoft como Intel aproveitaram a situação e se converteram em líderes mundiais de suas respectivas indústrias. IBM tinha inventado o mercado dos PCs, para depois presentear grande parte do negócio a outros. Ao final da década de 1980, que tinha começado com grandes augúrios, Big Blue atravessava uma profunda crise. Em 2004, vendeu sua divisão de computadores pessoais a Lenovo, abandonando definitivamente o mercado que tinha criado.

New Coke ou como fazer que os clientes odeiem à empresa: quando Roberto Goizueta se converteu em CEO de The Coca cola Company em 1980, anunciou aos funcionários que não haveria "vacas sagradas" na forma de fazer negócios. E sem dúvidas que predicou com o exemplo. Em 23 de abril de 1985, seguindo as recomendações de diversas pesquisas de mercado, decidiu lançar New Coke, uma nova fórmula da bebida mais famosa do mundo. Mas, assombrosamente, New Coke não era um novo produto que se adicionava ao portfólio. New Coke chegava para substituir à Coca-cola. E se desatou o furacão. Em pouco tempo, a empresa já tinha recebido 400.000 chamados de clientes furiosos. Um psiquiatra, ao que tinham contratado para analisar as mensagens, comentou que muitos falavam do desaparecimento da Coca-cola como se tratasse da morte de um ser querido (Artigo: quem você diz que é o melhor?).

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As publicidades da nova bebida eram expostas em eventos desportivos. E até Fidel Castro comentou que o fiasco de New Coke era um símbolo da decadência do capitalismo americano. As pressões sobre o management se fizeram mais intensas, e já se especulava com a possibilidade de um boicote. Assim, menos de três meses depois, os diretores anunciaram que relançariam a antiga fórmula, sob o nome de Coca-cola Classic. Este anúncio foi quase um acontecimento nacional. Um senador comentou que o regresso da Coca-cola tradicional era um momento significativo na história dos EUA. Alguns chegaram a denunciar que, em realidade, tudo era uma estratégia para ganhar publicidade gratuita de cara a um relançamento da marca (Artigo: para aprender a voar, 1º aprenda a caminhar).

Mas Donald Keough, presidente da companhia, tinha uma interpretação diferente: O fato é que o tempo todo, o dinheiro e o talento investidos nas pesquisas de mercado de New Coke foram incapazes de medir ou revelar os profundos laços emocionais que muita gente sentia para a velha Coca-cola. Roberto Goizueta, o CEO que impulsionou a controvertida mudança de fórmula, jamais se arrependeu de sua decisão. De fato, seguiu à frente da empresa, com grande sucesso, durante mais de uma década. E também seguiu bebendo New Coke até sua morte, em outubro de 1997.

Em definitiva, é muito simples falar dos erros de outros quando as cartas estão sobre a mesa. Mas a história empresarial não só se compõe de CEOs sorridentes na capa da revista Fortune. Também é uma história de suor e frustrações, de projetos nos quais muita gente investiu trabalho e esperanças mas que, lamentavelmente, não puderam ser. A história do fracasso também merece ser contada.

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Fast Company - The future of business

FastCompany é uma revista sobre tecnologia e informação. A FastCompany é uma revista de negócios mensal publicada em formato impresso e on-line, com foco em tecnologia, negócios e design. Publica oito edições impressas por ano. A Fast Company é de propriedade da Mansueto Ventures e está sediada em Nova York, EUA.

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