1999

Sistema de Representação Comercial para Representantes Comerciais

2018

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SDR - Sistema de representação, Vendas e Serviços

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Negociação Comercial: Um passo além da Venda

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SALA DOS ARTIGOS DE NEGOCIAÇÃO

Um dia o célebre músico Kung Ming-yi tocou música clássica ante uma vaca. O animal continuou pastando, imutável... Não é que a vaca não ouça minha música: é que não lhe interessa, pensou Kung Ming-yi. Pôs-se então a imitar com seu violino chin o zumbido das moscas e o mugido dos bezerros. Ao instante a vaca levantou as orelhas e, balançando o rabo, acercou-se ao músico para escutar até o final sua melodia, que desta vez tinha significado para ela... (Conto chinês tradicional).

Cada vez nos orientamos mais a personalizar a oferta da empresa para cada cliente, ainda mais verdade se falamos dos melhores clientes. São muitas as situações, em que a oferta da empresa não está previamente definida senão que, pelo contrário, cria-se de forma específica para um cliente. Neste sentido as condições para um cliente são diferentes das que formulamos para outro cliente. O preço, por exemplo, costuma ser um indicador desta variabilidade que estabelecem as empresas. Nestas situações, é na negociação quando se define de maneira clara e tangível como é o produto/serviço e quanto custa.

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A gestão comercial, neste suposto, responde mais do que ao perfil de Venda ao da negociação. Para falar de negociação comercial partimos das habilidades básicas comerciais, porque são o andar sobre o que construir as habilidades do bom negociador. Depois de estabelecer as fases da negociação valorizamos os elementos a ter em conta para entrar na gestão do preço de forma ótima e como a negociação influi na fidelização dos clientes. Ao falar de Negociação Comercial poderíamos começar enunciando as doze habilidades básicas comerciais. Estas habilidades entram em jogo, com diferente intensidade, em diferentes momentos do processo.

A Relação - Sintonia e Confiança: a sintonia é uma ferramenta de vinculação e aproximação com o cliente. A confiança é um elemento básico de todas as relações, incluídas as comerciais (ARTIGO: O que leva anos para conquistar e segundos para perder?).

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O Autodomínio - Entusiasmo e Tenacidade: o entusiasmo significa que não se desanima nem perde os estribos frente a uma situação difícil. Habilidade para considerar estimula a atividade diária e viabiliza muito o sucesso da negociação. Quanto à tenacidade, tanto na gestão comercial como na negociação, se tem de ser persistente, insistir uma e outra vez até conseguir o que se pretende (ARTIGO: MÃE, QUANDO CRESCER QUERO SER REPRESENTANTE!).

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A Percepção - Observação e Intuição: perceber continuamente, estar atencioso a qualquer sinal. Dar-nos conta da dificuldade que entranha realizar uma boa escuta para poder melhorar. A intuição permite descobrir rapidamente as oportunidades do cliente. As perguntas permitem informar-se para intuir as necessidades do cliente (ARTIGO: ATREVIDOS, ESTUDIOSOS, PACIENTES, ESTRATÉGICOS...).

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A Influência - Argumentação e Persuasão: mediante a utilização de argumentos se desenvolvem as vantagens que obtém o cliente. O cliente vê seu interesse satisfeito através da construção de argumentos com imagens, exemplos, não só dados técnicos. Há que ser consciente de que a capacidade de persuasão tem um componente de percepção subjetiva por parte do interlocutor. Por tanto, devemos tentar que os clientes escutem e sigam nossos conselhos (ARTIGO: A arte de vender é quando o cliente compra sem notar que lhe tenhamos vendido).

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A Decisão - Resolução e Rapidez: dispomos de um momento oportuno para acometer o fechamento de uma venda e perseveramos até conseguir o sim do cliente. Quando desenvolvemos um labor comercial e na negociação, a rapidez permite aproveitar muitas oportunidades que a demora tivesse esfriado (ARTIGO: CONHEÇA OS CLOSERS: PROFISSIONAIS NA ARTE DE FECHAR NEGÓCIOS).

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A Organização - Distribuição do tempo e Priorização: um bom gestor comercial e negociador é capaz de organizar bem seu tempo. É necessário procurar a eficiência na organização e a utilização do tempo. Planejar com clareza e realismo, priorizando tarefas e aplicando diferentes tempos de realização dependendo do grau de importância das tarefas a realizar (ARTIGO: VOCÊ CONHECE SEUS CLIENTES, CONHECE-OS DE VERDADE?).

Já nos ajudou Thomas-Kilmann a definir as diferentes formas para solucionar um conflito e portanto, estabelecer quando a negociação é a tática mais adequada. A tendência de cada pessoa orienta o acordo para uma ou outra tática ainda que não seja a indicada. Um exemplo útil para lembrá-lo é pensar que entramos numa casa onde sobre a mesa há três donuts e somos cinco pessoas. Que pensamento nos vem à cabeça ao ver os donuts?:

Se a resposta é: a mim os donuts não me interessam falamos de evitar.

Se a frase é: prefiro não comer, está bem que o repartam entre eles, está mais próxima à acomodação.

Se você se propõe: podemos cortá-los em cinco partes e a cada um nos correspondem três, a tendência é a colaboração.

Se o pensamento é: não sê como vamos reparti-lo mas, está claro que eu vou comer donuts, é um perfil competitivo.

Como já sabemos por Kilmann a tática apropriada virá definida em função do valor em jogo e do valor que damos à relação. Se algum deles ou ambos, são meio-altos entra em jogo a negociação, afastada das primeiras duas tendências, o evitar e a acomodação. É momento de destacar as seis habilidades que favorecem o sucesso da negociação. Dependendo da empresa, do cliente, da estratégia será necessário um maior peso de umas ou de outras:

Instinto Básico para a negociação: são variadas as frases que os vendedores utilizam para tentar definir aos colegas com esta habilidade: entra facilmente e mata, tem instinto assassino, dá por fato, não dá nem um passo atrás, briga cada real, é resolutivo... Claramente é o perfil antes mencionado: não sê como vamos reparti-lo mas, está claro que eu vou comer donuts (perfil competitivo). Esta habilidade está alinhada com a sabida técnica de negociação: "se se cede, é lentamente e sempre com contrapartida", "aprecia mais o que custa" (ARTIGO: A RENEGOCIAÇÃO DE PREÇOS ENTRE COMERCIAIS E COMPRADORES).

Se esta habilidade está desenvolvida ao máximo, sem compensar com outras estabelecidas mais adiante como a colaboração, nosso negociador será um Killer (matador), pode ser que seja apropriado para negociar em alguns setores, mas inadequado e totalmente nulo na fidelização de clientes.

Auto-confiança - sensação de segurança, de confiança num mesmo e na tomada de decisões: o Prof. Philip Kotler já nos diz, ainda que em relação à importância da informação: é necessário automatizar a força de vendas para que cada vendedor tenha a capacidade de decisão de um "conselheiro delegado". Apontamos aqui esta frase porque reforça que ao negociar se deve sentir que pode decidir. Esta habilidade facilita a técnica de negociação, ajudando o profissional a não ter medo a dizer não e saber agüentar a pressão do cliente, porque estará com informações certas que lhe permitirão analisar o valor do cliente em termos de compra (ARTIGO: está precisando aumentar as suas vendas?).
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Sintonia: como deixamos entrever no conto inicial e se disse em muitas ocasiões, é necessário saber falar no idioma do outro. Isto é quase uma obrigatoriedade no caso dos bons vendedores, recolhíamo-lo nas habilidades básicas comerciais e também tem de cumprir-se no dos bons negociadores: ser empáticos e entender ao outro nos acerca ao sucesso.
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Influir: a capacidade de convencer ao cliente, mencionado anteriormente em suas duas sub-habilidades (argumentar e persuadir) favorece que o cliente fique mais satisfeito do acordo alcançado.
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Colaboração: dentro dos três possíveis resultados de uma negociação (ganhar-ganhar, ganhar-perder e perder-perder) na negociação comercial, optamos por ganhar-ganhar, coincidindo com o modelo de negociação da Harvard de R.Fisher e W. Ury de negociação integrativa. Para isso se precisam pessoas com habilidade para colaborar com o outro, encontrar soluções a meio caminho, porque ganhar-ganhar não significa que todos vão obter o que desejam, senão que o que obtêm lhes resulta satisfatório e isto facilita a relação posterior (ARTIGO: QUANTO VALE UMA GARRAFA DE ÁGUA NO DESERTO?).
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Obter Informação: podíamos falar de percepção, da escuta, de ser observador, de saber fazer perguntas, e a tudo isso o denominamos a habilidade de obter informação. Assim dito, esta habilidade parece ficar curta e coxa, estaria mais acertada a frase do  Prof. Ben Saphiro: "para vender melhor, há que escutar mais e melhor, não falar melhor", mas se a somamos à sintonia nos proporciona uma percentagem alta de bom negociador. Muitas são as técnicas de negociação que nos falam desta habilidade:

Não oferecer primeiramente tudo o que podemos, perguntar sem interrogar, escutar, aproveitar as respostas, conhecer os interesses do outro antes de oferecer, tentar conhecer a margem de negociação da outra parte… Antes de iniciar o processo de negociação é preciso estabelecer a estratégia a seguir. A negociação não será igual se pretendemos captar o maior número de clientes ou o maior volume de negócios. Esta estratégia pode vir definida pelas necessidades da empresa em geral ou da região atendida ou comercial em particular.

O seguinte passo será a preparação: já mencionávamos a organização como uma habilidade básica do vendedor. Como a improvisação não é aqui boa colega estabeleçamos os pontos a preparar na negociação:

definir os objetivos (que queremos conseguir?).
definir os meios ou metas (tantas vezes confundidos com os objetivos).
estabelecer um banda de negociação.
analisar os pontos fortes e fracos de nossa oferta, estabelecer argumentos e forma de resolver, compensar ou minimizar os pontos fracos.
definir por antecipado qual é a parte que estamos dispostos a ceder.

Uma vez diante do cliente, as fases que poderíamos estabelecer na negociação comercial, são:

A motivação: alinhadas com as habilidades antes mencionadas, o entusiasmo, a auto-confiança do negociador no sucesso da operação, assegura este sucesso numa alta percentagem.
A valorização das condições do produto ou serviço: se o cliente aprecia o produto ou serviço, a oferta completa, estará disposto a pagar mais por isso.
Relação com o cliente: muito tocamos este aspecto quanto às habilidades, como a necessidade de sintonizar com o cliente, conseguir sua confiança, colaborar, … Os clientes estão dispostos a assumir um preço mais alto daqueles vendedores que lhes oferecem confiança, com os que têm uma boa relação.
A imagem da companhia: um aspecto mais que configura a confiança do cliente e que por tanto influi em sua decisão. Todos pagamos mais por produtos de certas empresas e outros, inclusive nos resulta difícil consumi-los ainda sendo presenteados. A marca e nome da empresa diz muito para o cliente.
O Desejo de Compra: os bons negociadores convencem ao cliente antes de entrar no aspecto preço, argumentam e manejam mais recursos que conseguem persuadir ao cliente.

uma anotação final para fechar este artigo e servir como base para outros: as empresas são cada vez mais conscientes da necessidade de fidelizar a seus clientes, pela primeira vez no ano 2006 o gasto em Marketing destinado à fidelização foi superior ao de captação de novos clientes. Procura-se a relação com o cliente, a satisfação deste, além da fidelização a lealdade. Com este horizonte cobra especial importância personalizar-lhe a oferta e o modelo de negociação integrativa onde o cliente sinta que também sai ganhando.

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Prof. Carmen Bárcena

consultoria comercial e de marketing

www.tatum.es

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Outros excelentes artigos traduzidos e publicados pelo Jornal SDR da CONSULTORIA TATUM:

70% das compras se decidem no ponto de venda

NEGOCIAÇÃO COMERCIAL: UM PASSO ALÉM DA VENDA

ANÁLISES SWOT...: Debilidades, Ameaças, Fortalezas e Oportunidades

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