1999

Sistema de Representação Comercial para Representantes Comerciais

2018

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SDR - Sistema de representação, Vendas e Serviços

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Quão baixo está disposto a ir?

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SALA DOS ARTIGOS DE GERENCIAMENTO

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Num artigo da HBR - Harvard Business Review se publicou um caso de estudo intitulado: How low will you go? ("quão baixo está disposto a ir?"). O caso em questão (fictício como todos os que nos oferece HBR) trata sobre o CEO (Bob Carlton) de uma industria de auto-peças, o qual vê florescer de maneira muito importante seu negócio sob a Direção de Vendas de um muito exitoso gerente comercial (Galen McDowell). McDowell conseguiu que empresas importantes na Indústria concretizassem compras e pedidos de dimensões consideráveis, ao mesmo tempo que sua relação com os clientes é (por não dizer outro adjetivo) maravilhosa (Artigo: Quando o cliente nos pede comissão).

Circunstancialmente Bob Carlton questiona a Galen McDowell sobre seus métodos (e gastos) de entretenimento a clientes; e é então quando McDowell lhe confessa que muitas dessas relações provem de um excelente trato pessoal que inclui (num segmento industrial predominantemente masculino) visitas ao clube Red Ruby, um clube local (table dance).

Ainda que tal situação não é do total agrado de Bob Carlton, este o tolera ao sopesar os benefícios que se adquiriram ao longo do tempo e das relações de McDowell com os clientes. As coisas começam a perder forma, ao inteirar-se Carlton que uma excelente executiva comercial (April Hartley) decide deixar a empresa (Artigo: A confiança entre fornecedor e cliente é boa (mas nem tanto)).

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Seus motivos dizem ser sua auto-apreciação de um baixo desempenho em suas vendas; no entanto, depois de bater um papo com ela, Carlton entende que o tratamento especial que McDowell dá aos clientes, tem incomodado a April Hartley. Finalmente as coisas chegam a terrenos obscuros, quando outra executiva comercial (Joan Warren), que se caracteriza por suas excelentes vendas, faz ver a Bob Carlton que não se sente cômoda por ser excluída em alguns momentos dos relacionamentos com os clientes (seus clientes). Seu chefe (McDowell) comentou-lhe o quão difícil que seria para estes clientes, poder-se expressar nesse ambiente (table dance), com a presença de uma executiva comercial (mulher) (Artigo: Como seria o plano de comissões perfeito).

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Esclarecendo que o table dance por si só não lhe incomoda, Joan Warren lhe deixa ver a Bob Carlton que vê este trato como excludente, discriminatório e impeditivo ate certo ponto, para que ela possa conseguir avanços em suas vendas. É então quando Carlton vê realmente a magnitude do problema, além do dilema que se apresenta: levar aos clientes a um table dance não é ilegal, mas a discriminação sim o é. Como enfrentá-lo? Terá agora que encarar uma demanda de Joan, aliada à má publicidade? No fundo lhe angustia uma situação mais dura. Foi lamentável a perda de April, devido a que ela perdeu o respeito pela Empresa? Como em todos seus casos de Estudo, HBR conta com o comentário de quatro convidados. Nesta ocasião se trata de:

John Brown Diretor de Vendas de Fortis Invesments (Boston);
Katherine Frank, Socióloga (ex bailarina exótica) e pós-Doutorada na Universidade de Wisconsing;

Dás Narayandas, Professor de Administração em Harvard
Dennisse Rousseau, Professora de Comportamento Organizacional em Carnegie Melon.

Brown, Narayandas e Rousseau variam em sua análise e abordagem. Segundo Brown, para um cliente é muito importante descobrir se uma ou um executivo de vendas compartilham seu sistema (e escala) de valores. Independentemente de qualquer regulamentação (como as americanas) para os orçamentos de gastos em presentes e entretenimento a clientes; alguns destes pudessem sentir-se (muito) ofendidos por encontrar-se num dilema moral ou de valores ao ter que aceder a um convite destes executivos comerciais (ARTIGO: traição manifesta ou deserção induzida...?)

São os princípios e valores da organização, os que devem reger as políticas a todo momento, e obviamente no tempo de fechar negócios com clientes importantes.

Brown propõe que Carlton estabeleça e dê a conhecer os valores que regem a sua empresa, e comunique a todos como se espera que se comportem. O prof. Dás Narayandas considera que indubitavelmente se cometeu um erro ao selecionar ao Diretor de Vendas. Sente também que Carlton abdicou o labor de vendas e relações com clientes importantes numa pessoa que (evidentemente) só é capaz de fechar negócios com tratamento especial aos clientes. E conclui argumentando que tecnicamente um gasto de entretenimento que é ordinário e necessário é correto. Definir um gasto normal como o que é o padrão na indústria ou negócio; no caso da empresa de Carlton, levá-los às carreiras Nascar pudesse estar bem. Um gasto necessário, é por outro lado, o que se requer para fechar um acordo. Levar aos clientes a um table-dance, singelamente não o é (ARTIGO: O que leva anos para conquistar e segundos para perder?).

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Rousseau é dura e muito crítica. Fala inclusive de ter provado do fruto proibido. Para ela, gerar vendas através de sexo e bailarinas, não é o objetivo da empresa de Carlton. Rousseau pensa que McDowell deve deixar a empresa de imediato. Carlton dever estabelecer e comunicar uma clara escala de valores na empresa. Ademais, deve de falar com os acionistas e reconhecer que se cometeram excessos e erros, aliado a um plano para evitar que se volte a trocar "sexo por vendas". Desde o ponto de vista de Frank, há um motivo por trás do convite assistencial dos homens a fechar negócios nestes lugares (ARTIGO: Caráter não se compra, confiança e respeito se conquistam!).

Frank menciona ter visto que aproximadamente 40% dos assistentes em um table–dance estavam ali por negócios. Em palavras de Frank, este motivador é tão primitivo como o desejo de ser afagado e sentir-se importante.

Os executivos comerciais afagam os compradores dos clientes, ao mesmo tempo que as bailarinas também o fazem. A mesma Frank reconhece que em seus tempos como bailarina, sua principal fonte de rendimentos eram as "gorjetas dos homens de negócios". Diz também que não é possível incluir a executivas comerciais neste tipo de eventos. A razão é que a química de tudo se perde. Muitos destes clientes (pressionados por códigos de conduta dentro do escritório) encontram uma válvula de escape, onde não esperam ter uma mulher conhecida (menos uma executiva comercial) perto. No entanto, também reconhece que existe uma pressão por parte da circunstância comercial. Menciona-nos que conheceu homens que reconheceram sentir-se muito incômodos e pressionados ao assistir a estes evento (Artigo: delegando responsabilidades a sua equipe comercial).

nossos comentários: longe de uma mensagem moralista ou de consciência, parece-me que nos negócios (e na vida) deve-se dar uma impressão. É esta impressão é a que faz que os clientes se sentam atraídos para nós e nos permitam fazer parte de seus projetos e seus negócios. Coincido com a opinião de Brown, no fato de que deve existir uma comunhão entre os "Valores do Cliente e da Empresa". Ao final de dia, nós mesmos (como clientes) compramos coisas ou fomos a serviços onde nos sentimos a gosto e vemos refletidos valores semelhantes aos nossos. Obviamente os valores da Empresa devem estar sempre claros e comunicados.

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Os Valores devem reger em todo momento as políticas, os procedimentos e cada parte das condutas e imagem que a empresa projeta. Se assim o fazemos, os clientes o saberão e o comunicarão. Virão com mais gosto a nós. Nos permitirão ser seus sócios. Por último, considero que o fator respeito é algo valiosíssimo. Um Empresa que não se respeita a si mesma, não pode respeitar a seus clientes e nem a seus funcionários e executivos comerciais. Se os executivos comerciais não desrespeitam à empresa, seguramente os clientes também não o farão (Artigo: moral intelligence: A ÉTICA É O MELHOR NEGÓCIO).

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Prof. Mary Edie Mobley E John Humphreys

HBS- Harvard Business Review

Biblioteca exclusiva da Harvard Business Review

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HBS - Harvard Business School, é a escola de pós-graduação em administração de empresas, da Univ. de Harvard, de Boston - EUA. É uma das mais bem conceituadas escolas de negócios a nível mundial. Entre seus ex-alunos  estão o do ex-presidente dos EUA George W. Bush, entre outros como Mitt Romney e Michael Bloomberg, Sheryl Sandberg, CFO do Facebook. Nos principais rankings de MBAs, como o da revista Financial Times, a HBS é líder absoluta.

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Outros excelentes artigos traduzidos e publicados pelo Jornal SDR, da HBS- Harvard Business Review:

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